Sobre
O Laboratório de Investigações em Ensino de Ciências Naturais (LINECIN) foi criado em 2016 com duas linhas de pesquisa: a abordagem investigativa em aulas teóricas e práticas de Química e produção e avaliação de material de divulgação científica para espaços não formais de educação.
A observação do cotidiano, no entanto, mostra que é pouco interessante um grupo de pesquisa ficar fechado a uma área de conhecimento, como Química, e apenas a espaços formais de educação. Mesmo em uma cidade como São Carlos, detentora de títulos como “Cidade da Tecnologia” e “Cidade dos doutores” (Jornal da USP, 2019), a ciência e a universidade ainda estão distantes da população. Ao mesmo tempo, pesquisas (CGEE, 2024) e a experiência mostram que a população como um todo e os sujeitos escolares têm forte anseio em interagir e se sentir pertencentes à universidade pública. Assim, como reflete Marandino, tem sentido distinguir a educação formal da não formal? (MARANDINO, 2017).
Unificando as linhas de pesquisa, o LINECIN passou a se concentrar na produção e avaliação de materiais de divulgação de pesquisas científicas brasileiras e da universidade pública bem como no desenvolvimento de estratégias de aproximação com o público externo à universidade, esteja ele na escola ou fora dela.
Ao estabelecer parceria com duas redes de pesquisa brasileiras, o Projeto Temático FAPESP do Grupo GPEA e o INCT SinBiAm, os temas das produções versam sobre sustentabilidade e biodiversidade brasileira. Além de procurar contribuir para uma reflexão crítica sobre essas temas, o objetivo do grupo é mostrar quais pesquisas são desenvolvidas e a importância da universidade pública para um mundo melhor.
Referências
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS ‒ CGEE. Percepção pública da C&T no Brasil 2023.Resumo Executivo. Brasília, DF: CGEE, 2024.
Jornal da USP. Cidade de São Carlos tem um doutor a cada 100 habitantes. Disponível em: <https://jornal.usp.br/universidade/cidade-de-sao-carlos-tem-um-doutor-a-cada-100-habitantes/>. Acesso em 21 dez. 2025.
MARANDINO, M. Faz sentido ainda propor a separação entre os termos educação formal, não formal e informal? Ciência e Educação, v. 23, n. 4, p. 811-816, 2017.